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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Roberto Freire não vai atrapalhar abertura da CPI das Privatizações outra vez

Não é a primeira vez que se tenta abrir uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no processo de privatização das telecomunicações e o papel de Ricardo Sérgio como operador de um esquema de propinas e uso de fundos de pensão para financiar consórcios privados. O delegado Protógenes Queiroz (PC do B) protocolou o pedido de CPI da Privataria há poucos dias, o presidente do PPS Roberto Freire é contra, mas sabendo que não tem como barrá-la, diz que "assina quem quer".

Da página oficial do PPS:
"O presidente do PPS [Roberto Freire] lembra que as gestões do PT no Palácio do Planalto tiveram maioria suficiente para apurar as privatizações realizadas no governo dos tucanos e que nada atrapalhou a base de investigar. "
Orly? Nada "atrapalhou a base de investigar"?

E que tal o fato do presidente do PPS - então na base governista - ter pressionado os deputados do partido a retirar assinaturas da CPI que investigaria o caso? Só para agradar o PSDB na aprovação das reformas, ao invés de "elucidar um dos maiores escândalos da história do país."

Matéria do Correiro Brasiliense de 2003:
José Dirceu livra ex-diretores do BB e Previ
 O Palácio do Planalto articulou o enterro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a participação do ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira na privatização das telecomunicações e a denúncia de recebimento de propina. Partiu do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, a ordem para dar cabo à CPI, cujo pedido já tinha sido deferido pelo presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). 
  De olho na aprovação das reformas, o governo preferiu agradar à bancada do PSDB a elucidar um dos maiores escândalos da história do país. Encabeçados pelo vice-líder do PPS, Leônidas Cristino (CE), outros 98 deputados retiraram a assinatura que haviam dado para instalação da CPI. Curiosamente, a CPI foi proposta pelo deputado mineiro Júlio Delgado, do mesmo partido de Cristino. 
 O deputado Roberto Freire (PPS-PE) confirma que o recuo foi uma decisão da bancada atendendo ao governo federal, que não queria a CPI. O PPS faz parte da base de apoio ao Planalto no Congresso. ‘‘A bancada do PPS resolveu retirar as assinaturas para atender o Palácio do Planalto e a João Paulo (presidente da Câmara)’’, revela Freire. No PT, os 40 deputados que tinham apoiado a CPI retiraram suas assinaturas. 
  A CPI foi proposta por Delgado a partir das reportagens publicadas, no final de março, pelo Estado de Minas e Correio Braziliense, revelando o esquema montado por Ricardo Sérgio para que o grupo do empresário Carlos Jereissati comprasse a Telemar com dinheiro dos fundos de pensão, em especial da Previ (dos funcionários do Banco do Brasil). O requerimento de retirada da CPI foi apresentado pelos parlamentares no dia 29 de maio. Em 3 de junho, a CPI foi ‘‘sepultada’’ por João Paulo. (Ana D’Angelo)
(© CorreioWeb/Correio Braziliense)
http://www.romildo.com/anabb/anabb_artigo_jor003.htm

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